Para a minha sorte, sempre fui muito
incentivada a ler. Meus pais sempre tiveram vários livros sem casa e minhas
irmãs mais velhas liam bastante também.
Durante o ensino fundamental II (ou ginásio),
minhas professoras pediam como leitura a série vagalume e, principalmente, os
livros de Pedro Bandeira. Gostava muito de ler não somente como uma atividade
escolar, mas porque conseguia me encontrar nos personagens dos livros. A partir
dessa formação, durante minha adolescência, continuei a ler Agatha Christie,
Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, etc.
No entanto, a atividade que mais marcou minha
vida ocorreu durante a graduação. No primeiro ano de curso de Letras, minha
professora de Literatura Portuguesa solicitou seminários sobre os episódios de
Os Lusíadas. Meu grupo acabou ficando com o da Ilha dos amores. Na angústia de
agradar a professora, os colegas e de fazer um bom trabalho, acabamos por
encenar. Nos vestimos de ninfas, dançamos, interpretamos realmente. Outros
grupos fizeram vídeos, apresentação em slides. Enfim, por semanas nossa sala
discutiu a importância da obra, lemos incessantemente e, acima de tudo, nos
empenhamos muito nessa atividade. Como resultado, colocamos cenas desse
trabalho no nosso baile de formatura.
Tudo isso foi importante porque incutiu, em
nossa sala, essa vontade de discutir, ler, analisar, interpretar. Crescemos
bastante e evoluímos enquanto acadêmicos leitores e escritores. A partir
daquele momento, minhas leituras aconteceram sempre acompanhadas de muita
reflexão, debates, pesquisas.
Autora do texto: Tatiane Thais Gueriero.
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